Podia estar a escrever sobre assistência de realização ou sobre visualização de informação 3D? Poder, podia. Mas o Mundial tem mais piada:
Portugal
Pese a grosseira falta de carisma do Queiroz, pese as hesitações, as más opções e a falta de agilidade no banco, é daquelas coisas em que é difícil ser razoável. Com todas as fraquezas, não consigo deixar de acreditar que as coisas vão correr bem na África do Sul, mesmo contra a maioria das expectativas. Sendo rigoroso o mais possível, digo que há um objectivo essencial: passar a fase de grupos. Menos do que isso será um falhanço rotundo e, mesmo incluídos no grupo da morte, é algo em relação ao qual não há nada a contemporizar. Depois disso, é toda uma nova realidade, com a eliminação directa e os jogos que chegam à pele. Em princípio, admitindo que não ganhamos o grupo ao Brasil, o adversário mais provável nos oitavos é a Espanha, e, contra a melhor selecção do Mundo, não somos favoritos. É onde o jogo vai entrar na dimensão mais emocional e onde, lucidamente, é injusto exigir mais. Sem que isso seja sinónimo de pensar pequeno, uma passagem aos quartos já seria sinónimo de um grande Mundial.
Os Favoritos
Não fosse o histórico passado derrotista, e os favoritos claros seriam a Espanha e a Inglaterra. Os campeões da Europa e a nova selecção de Capello foram quem teve os últimos 2 anos mais consistentes, quem jogou mais e melhor, e quem chega à África do Sul mais cheio de si. Ainda assim, é deslocado da realidade não incluir no lote a Alemanha, a Itália e o Brasil. Os dois primeiros, porque estão condenados a ter resultados (a Alemanha, apesar das lesões, chega saudável, depois duma qualificação fantástica; a Itália, mesmo com a má preparação, tem o velho Lippi de volta ao banco), e o Brasil porque, apesar da perturbadora falta de individualidades (em relação a 2006 não estão Ronaldo, Adriano e Ronaldinho...), surge como uma equipa muito equilibrada, disciplinada e coesa mentalmente (mérito de Dunga).
Pese a grosseira falta de carisma do Queiroz, pese as hesitações, as más opções e a falta de agilidade no banco, é daquelas coisas em que é difícil ser razoável. Com todas as fraquezas, não consigo deixar de acreditar que as coisas vão correr bem na África do Sul, mesmo contra a maioria das expectativas. Sendo rigoroso o mais possível, digo que há um objectivo essencial: passar a fase de grupos. Menos do que isso será um falhanço rotundo e, mesmo incluídos no grupo da morte, é algo em relação ao qual não há nada a contemporizar. Depois disso, é toda uma nova realidade, com a eliminação directa e os jogos que chegam à pele. Em princípio, admitindo que não ganhamos o grupo ao Brasil, o adversário mais provável nos oitavos é a Espanha, e, contra a melhor selecção do Mundo, não somos favoritos. É onde o jogo vai entrar na dimensão mais emocional e onde, lucidamente, é injusto exigir mais. Sem que isso seja sinónimo de pensar pequeno, uma passagem aos quartos já seria sinónimo de um grande Mundial.
Os Favoritos
Não fosse o histórico passado derrotista, e os favoritos claros seriam a Espanha e a Inglaterra. Os campeões da Europa e a nova selecção de Capello foram quem teve os últimos 2 anos mais consistentes, quem jogou mais e melhor, e quem chega à África do Sul mais cheio de si. Ainda assim, é deslocado da realidade não incluir no lote a Alemanha, a Itália e o Brasil. Os dois primeiros, porque estão condenados a ter resultados (a Alemanha, apesar das lesões, chega saudável, depois duma qualificação fantástica; a Itália, mesmo com a má preparação, tem o velho Lippi de volta ao banco), e o Brasil porque, apesar da perturbadora falta de individualidades (em relação a 2006 não estão Ronaldo, Adriano e Ronaldinho...), surge como uma equipa muito equilibrada, disciplinada e coesa mentalmente (mérito de Dunga).
As Desilusões
Se não puder ser para Portugal, gostava muito que fosse para a Argentina e para Maradona. Mas, tal como denunciam opções como a exclusão de Zanetti e Cambiasso, e apesar de ser, individualmente, a selecção mais rica do Mundial (a uma distância abissal o melhor ataque), não me parece que a alviceleste tenha nada parecido a estofo de campeã. A qualificação falou por si e, apesar da qualidade individual e da alma de Maradona, o fôlego parece-me curto. A favor está contudo, o calendário: até às meias, o emparelhamento é com o grupo encabeçado pela França, pelo que o caminho está muito pouco dificultado. E também, verdade seja dita, não foi com o método de Bielsa e Pekerman, nos últimos dois Mundiais, que houve resultados.
A França, pese o que já fez Domenech em condições parecidas, parece uma simples crónica de morte anunciada. A selecção chega gasta (Henry, Ribéry, o play-off com a Irlanda) e já a própria preparação soa a morte lenta. Duvido que dê sequer para ganhar o grupo.
Desilusão, se é que lhe podemos chamar isso, também me parece ir ser a maior participação africana da História, no primeiro Mundial africano da História. A Argélia e a África do Sul são muito desconfiáveis (pese os bons resultados que Parreira tem conseguido na preparação), os históricos Nigéria (que tem o maior potencial de todos) e Camarões autênticos exércitos desgovernados, e a Costa do Marfim não é uma selecção com sorte. Talvez o Gana, mas o grupo (Alemanha, Sérvia, Austrália) é muito competitivo, e a orfandade de Essien não ajuda. Parece-me que caem todos à primeira.
As Apostas
Tenho expectativas tremendas para o Chile. A preparação tem sido fantástica, e chega-se com grande espírito ao Mundial. O ataque é um must (Mark González, Valdivia, Suazo, Alexis Sanchéz, até um transfigurado Mati Fernández) e, no banco, está um velho caminhante argentino, um ancião das Selecções, Marcelo Bielsa. Acredito no sucesso, ainda que, a passar, apanhe Brasil ou Portugal.
Desilusão, se é que lhe podemos chamar isso, também me parece ir ser a maior participação africana da História, no primeiro Mundial africano da História. A Argélia e a África do Sul são muito desconfiáveis (pese os bons resultados que Parreira tem conseguido na preparação), os históricos Nigéria (que tem o maior potencial de todos) e Camarões autênticos exércitos desgovernados, e a Costa do Marfim não é uma selecção com sorte. Talvez o Gana, mas o grupo (Alemanha, Sérvia, Austrália) é muito competitivo, e a orfandade de Essien não ajuda. Parece-me que caem todos à primeira.
As Apostas
Tenho expectativas tremendas para o Chile. A preparação tem sido fantástica, e chega-se com grande espírito ao Mundial. O ataque é um must (Mark González, Valdivia, Suazo, Alexis Sanchéz, até um transfigurado Mati Fernández) e, no banco, está um velho caminhante argentino, um ancião das Selecções, Marcelo Bielsa. Acredito no sucesso, ainda que, a passar, apanhe Brasil ou Portugal.
Também acho que o México vai fazer boa figura. É uma equipa com mentalidade europeia, tradicionalmente muito equilibrada, e com vários miúdos de valor (Gio, Vela, Guardado).
A Holanda nem é uma grande aposta, nem uma desilusão. Mas não está nos favoritos, como se aventa por aí. É uma Selecção que, à nossa imagem, tem grandes jogadores, que, num dia bom, pode ganhar a qualquer um, mas que está condenada a ir para o espectáculo. Merece todo o meu respeito, e acredito que pode eliminar algum dos nomes grandes.
Pessoalmente, ainda que não lhe faça muita fé, também gostava que o Uruguai desse cartas, que é outra das selecções que admiro e que quase nunca anda por aí. Chega à África do Sul com o monstro Forlán a ter a UEFA no bolso, e com o Suárez a ter marcado 35 golos no Ajax. Mas, apesar da crise francesa, o grupo não é fácil para quem é quase um rookie. Numa de long shots, também gostava de ver a Nigéria e o seu ataque supersónico (Martins, Obinna, Uche, Utaka, Odemwingie) a fazer qualquer coisa. Mas é tudo muito improvável.
Final Four
Aposto num Argentina-Inglaterra e num Holanda-Brasil. Inglaterra-Brasil para a final. E ganha o Capello.
Final Four
Aposto num Argentina-Inglaterra e num Holanda-Brasil. Inglaterra-Brasil para a final. E ganha o Capello.
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