Holanda - Eslováquia, 2-1
Ao ver jogar a Holanda, não consigo evitar uma certa desilusão. A Laranja mantém muitas das coisas boas que sempre teve, seja o toque de bola, as boas transições, ou a extrema qualidade individual no ataque, e juntou a isso, agora, capacidade defensiva, muita calma a construir na primeira fase e uma intensa circulação de bola. Isto tornou a Holanda numa selecção mais adulta, mais perigosa e, por consequência, mais perto de bons resultados. Não é à toa que ganhou todos os jogos da qualificação, e segue com 4 vitórias na África do Sul. Ainda assim, esta Holanda, é uma Holanda ferida em boa parte da sua filosofia. Já não estão lá a reactividade, o futebol-carrossel e a eminente vertigem atacante. O que se vê agora, é uma teia lenta, paciente quase ao infinito, que mastiga, sem arriscar, até haver espaço para os homens da frente. É uma selecção mais perto de ganhar, mas muito mais longe de se gostar. E uma Holanda que sacrifica o seu próprio estilo, uma Holanda que não entusiasma, passa a ser outra coisa qualquer.
Jogadores:
Holanda - Robben (MVP) e Sneijder foram os dois melhores da Champions deste ano, e mostraram hoje que podem manter o nível no Campeonato do Mundo. Será da capacidade destes dois monstros criativos que dependerá até onde pode chegar a Holanda. Kuyt, o mais cerebral da equipa, o mais polivalente e o mais sacrificado, também é um imprescindível.
Eslováquia - Vittek é o nome a reter desta, apesar de tudo, nobre campanha de estreia em Mundiais. A equipa jogou pouco, mas o ponta-de-lança de 28 anos, que, depois dos anos da Bundesliga e da Ligue 1, vai jogar no Ankaragucu, da Turquia, sai ao nível dos grandes nomes de concretização da prova.
Jogadores:
Holanda - Robben (MVP) e Sneijder foram os dois melhores da Champions deste ano, e mostraram hoje que podem manter o nível no Campeonato do Mundo. Será da capacidade destes dois monstros criativos que dependerá até onde pode chegar a Holanda. Kuyt, o mais cerebral da equipa, o mais polivalente e o mais sacrificado, também é um imprescindível.
Eslováquia - Vittek é o nome a reter desta, apesar de tudo, nobre campanha de estreia em Mundiais. A equipa jogou pouco, mas o ponta-de-lança de 28 anos, que, depois dos anos da Bundesliga e da Ligue 1, vai jogar no Ankaragucu, da Turquia, sai ao nível dos grandes nomes de concretização da prova.
Brasil - Chile, 3-0
Uma verdadeira demonstração de força brasileira. Não força como a alemã, ou como o que já se viu da Argentina, de futebol quase total, mas força indiscutível, duma equipa hiper-consistente, e que se arrisca a ser a maior candidata à vitória final. O Brasil de Dunga, desta vez não com um diplo pivot, mas com Ramires como volante, é um bloco de aço no seu meio-campo, que viu o Chile tentar de coração aberto muitas vezes, mas que nunca tremeu um nervo que fosse. Depois, seja pelo futebol das laterais, seja pelo poço de talento que é ter Kaká, Robinho e Fabiano na frente, é tudo fácil. O Chile caíu com mais estrondo do que eu esperaria, mas quem viu compreenderá. Depois das 2 vitórias nos grupos, e de ter posto a Espanha em sentido, a violência do pragmatismo e do poder brasileiro foram fortes de mais. 1-0 de bola parada, e 2-0 de génio, em 3 minutos, e não sobrou nada, senão conformar-se. Não que isso signifique que o Chile tenha desistido. Pelo contrário. Mesmo conscientes da derrota, os chilenos mostraram o carácter de sempre, e bateram-se pela dignidade do golo de honra. A frustração na cara de Bielsa, depois de Suazo falhar a última oportunidade, diz tudo sobre um estilo.
Jogadores:
Brasil - o melhor Kaká da época, provavelmente. O passe do 2-0 fala por ele. Robinho e Fabiano em grandes rotações. Juan será um dos melhores centrais do mundo, actualmente, e Ramires pareceu um senhor, na jogada fenomenal do 3-0.
Chile - num jogo complicado para a alegria atacante chilena, o melhor foi Humberto Suazo. Com menos técnica e mais força, foi sempre ele o mais perigoso. Beausejour despediu-se com mais um pedido de ida para a Europa.
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