Argélia - Eslovénia, 0-1
Não vi (apesar de ter sido o primeiro resultado na mouche). Foi o materializar da genética consistência europeia (pese a sorte no golo), patente até nas selecções mais modestas, como a Eslovénia, sobre uma das maiores condenadas à partida. Ainda assim, é difícil que os eslovenos belisquem o favoritismo anglo-saxónico.
Sérvia - Gana, 0-1
Também não vi. Esperava, apesar do derrotismo da Sérvia em grandes competições, que fosse suficiente para ganhar ao desgovernado Gana. Os africanos, contudo, mesmo sem Essien, e com resultados maus nos últimos tempos, foram buscar o 1-0 e, com o afundanço moral da Austrália hoje, colocam-se, porventura, como a selecção africana mais próxima dos oitavos (até agora, pelo menos).
Alemanha - Austrália, 4-0
Provavelmente o melhor jogo da prova até agora, e, indiscutivelmente, a maior demonstração de força deste Mundial. A Alemanha surgiu no estilo que a caracteriza, poderosa, objectiva e linear, e isso rendeu-lhe um jogo fulguroso, pleno de transições rápidas e duma violência à prova de dúvidas. O melhor futebol da prova. Da Austrália, esperava mais. A equipa parece longe da mentalidade competitiva de 2006, e surgiu muito fechada, a tentar contrariar os alemães com uma defesa subida, e os sectores muito próximos. Correu mal. Ao zero ofensivo, juntou-se uma avenida nas costas da defesa que foi, pura e simplesmente, engolida pelo extraordinário ataque alemão. Foram 4 e, não fossem os falhanços de Klose, teriam sido mais. Seja bem-vinda esta enorme Alemanha.
Jogadores:
Alemanha - MVP: Mesut Özil. O filho de turcos, um desconhecido para mim, é uma verdadeira pérola. Inteligente, ágil, perfeito na leitura, no apoio e no passe, foi ele o principal responsável pela pulverização australiana. A maturidade do miúdo Muller, a dimensão de Lahm (possivelmente o lateral mais equilibrado do mundo) e a explosão de Podolski, fizeram o resto.
Sem comentários:
Enviar um comentário