Moon é um filme redundante e superficial. Alimenta-se duma certa poesia inerente ao conceito que ilustra, mas nunca consegue deixar de ser um filme fechado sobre si, pouco apelativo visualmente, e pouco criativo nas premissas, e no contexto tecnológico e futurista que aborda. Tem períodos estranhos, e tem pouco de cativante, apesar de, a partir lá do meio (que a primeira metade é francamente penosa), ter um ou outro momento mais polido a nível emocional. A acção, parada por natureza, é abrupta nos modos, quer ao tentar mostrar como consciencializado algo que nunca o seria com tal ligeireza, quer, paralelamente, ao não explorar o dilema moral das questões que levanta. O fim é só mais um trecho pouco imaginativo, e completa a sensação de que muita coisa ali parece ter sido feita à pressa, ou subjugada por questões estéticas.
Sam Rockwell (em grande no The Green Mile e em Frost/Nixon, vergado no mais recente Iron Man 2) não tem um mau papel, mas teria convindo mais expressividade e mais nervo, a uma performance que é praticamente um solo.
Sem ser lixo, o facto de Moon só durar 1h30 será uma das suas maiores vantagens.
Sem comentários:
Enviar um comentário